domingo, 14 de abril de 2013

O Cético: artefato "extraterrestre"


O Cético: teoria elástica


O Cético: máquinas moleculares


O Cético: ceticismo localizado


O Cético: DNA lixo


O Cético: o bem, o mal e Deus


Conheça o Cético



Depois de um tempo de ausência, O Cético está de volta, agora com novo visual e acompanhado de novos personagens que passarão a fazer parte das tirinhas. O Cético você já conhece – é um jornalista que se recusa a aceitar “verdades prontas” e faz o que todo bom jornalista deve fazer: pergunta, questiona, analisa, critica. Ele sabe que, às vezes, para crer é preciso duvidar, e que o verdadeiro ceticismo é aquele que duvida até de si mesmo. Seus novos companheiros de tirinhas são Ateumo, um filósofo ateu, e o Dr. Darwilino, um cientista agnóstico. Daqui para frente, os três terão boas conversas e debates intrigantes.

Os criadores desses personagens são o jornalista Michelson Borges e o ilustrador Thiago Lobo. Conheça um pouco sobre eles e sobre como a tirinha foi concebida.

Thiago de Passos Lobo nasceu em 19 de janeiro de 1982, na cidade de Osasco, em São Paulo. Aos seis anos de idade, já mostrava interesse pela arte. Autodidata, desenvolveu e aprendeu as técnicas necessárias para o ofício. Teve seu primeiro trabalho publicado aos 17 anos. E de lá para cá não parou mais. Publicou em algumas editoras nacionais e internacionais. Trabalhou como freelance por alguns anos para a Casa Publicadora Brasileira (editora adventista), até ser convidado a fazer parte da equipe de ilustradores da editora. Aqui ele conta como começou a trabalhar com a tirinha do Cético:

“Já faz um tempinho que queria trabalhar com tiras (peraí! Nunca quis ser policial). Explico: tiras são pequenas histórias em quadrinhos feitas, na maioria das vezes, para jornal. Mas nunca fui muito bom com as palavras (me refiro ao texto para quadrinhos). Cheguei a criar, ainda na juventude, um personagem que não teve muito tempo de vida... Acabou sumindo com o passar dos anos. Certo dia, fui a uma reunião tratar de um assunto referente à cenografia que faríamos (um amigo e eu) para a programação de uma escola de educação especial, em Tatuí. Cheguei um pouco cedo. O Michelson estava lá e começamos a conversar sobre a nona arte (quadrinhos). A certa altura da conversa, ele me disse: ‘Seria legal ter uma tirinha no blog’ (o blog dele). E eu respondi: ‘Que legal! Você vai desenhar?’ (perguntei, esperando ele propor uma parceria.) E não é que propôs? Então prosseguimos com a concepção da tirinha ali mesmo, na calçada, em frente ao Conservatório Musical de Tatuí.

“‘O que você acha deste nome, Lobo: O Cético?’, perguntou o Michelson, já explicando o conceito do personagem. ‘Muito bom!’, respondi.

“No outro dia, mostrei para ele o primeiro desenho que fiz do personagem. Detalhe: ele foi inspirado no Michelson (quando ele tinha mais cabelo, claro). No dia em que conversamos pela primeira vez sobre o Cético, o Michelson estava com um blazer marrom como o que fiz para o Cético. E acabou parecendo um pouco com ele (lógico que tirando o nariz um pouco grande do Cético, rsrsr).

“Acabei desenvolvendo um estilo diferente de outras criações, não fiz pesquisa antes, foi tudo muito espontâneo. Comecei a rabiscar e... Zasss! Estava pronto. Mostrei o primeiro rafe pro Michelson e ele aprovou de cara. O Cético nasceu.

“Agradeço a Deus a oportunidade de poder trabalhar com o Michelson, um cara nota 10! E espero através desse trabalho mostrar ao mundo dos céticos que Deus existe.”

Michelson Borges nasceu em 2 de março de 1972, na cidade de Criciúma, SC. Foi alfabetizado lendo livros de ciência (especialmente sobre dinossauros) e histórias em quadrinhos do Fantasma, que seu pai colecionava. Antes mesmo de aprender a escrever já rabiscava super-heróis e monstros pré-históricos nos cadernos de desenho que seus pais lhe davam todos os meses.

Estudou química no ensino médio, mas gostava mesmo era de escrever, ilustrar e editar um jornalzinho do colégio. Foi ali que descobriu um forte concorrente para sua veia artística: o jornalismo. Prestou vestibular e cursou Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, na Universidade Federal de Santa Catarina. Sobreviveu em Florianópolis em grande parte graças aos “bicos” que fazia como desenhista.

Depois de formado, trabalhou algum tempo como professor e como editor e apresentador de um jornal diário na rádio Novo Tempo de Florianópolis. De lá, foi chamado para trabalhar como editor na Casa Publicadora Brasileira, onde teve alguns livros publicados. Certo dia, lhe ocorreu a ideia de criar um personagem por meio do qual pudesse criticar o falso ceticismo, que seleciona o objeto da dúvida. Aqui ele conta como foi a gestação do personagem:

“Certa vez, li que as coincidências são os pequenos milagres de Deus nos quais Ele prefere permanecer oculto. A criação do Cético creio ter sido um desses ‘acasos’ providenciais. Marcamos uma reunião para organizar o programa especial de uma escola de educação especial em Tatuí. Enquanto aguardávamos para entrar no auditório Conservatório Musical, o Lobo e eu começamos a conversar sobre desenho e quadrinhos. Foi então que partilhei com ele uma ideia que não me saía da cabeça, mas que eu estava com preguiça de colocar no papel, pois teria que desenhar e estou muito enferrujado nessa área. Descrevi o personagem para ele e então a ideia me veio como um ‘estalo mental’. ‘Por que não convidar o Lobo para ilustrar o personagem? Sei lá... Ele é muito ocupado. Desenha para a Casa Publicadora Brasileira, dá aulas de desenho... Não creio que poderá aceitar o convite. Mas não custa tentar’, pensei. Lancei a ideia e não é que ele aceitou? O Lobo me disse que fazia tempo que queria se envolver num projeto voluntário como esse e que tão logo lhe fosse possível me apresentaria uns rafes do personagem. A reunião acabou não acontecendo naquela noite, mas, em compensação, o Cético nasceu ali, naquela conversa na calçada.

“Poucos dias depois, o Lobo já estava com o personagem pronto. Quando observei os esboços na folha de papel, percebi que tinha alguma coisa a ver comigo. Talvez o nariz. Não sei...

“Gostei do personagem. O ar alegre e simpático ajuda a contrabalançar seu lado crítico e o ar desconfiado. Espero que você goste dele como nós.”


Semana que vem, tem tirinha nova.